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Ensino Médio. E agora? – A experiência de Matheus

Publicado em: 21/12/2021 às 15h37
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Por Vanessa e Renata

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Imagem: Rawpixel

Você, estudante da Rede Municipal de Ensino em São Paulo, prestes a finalizar o 9o ano, já parou para pensar no seu futuro, em como será no ano seguinte quando você for para o Ensino Médio? Provavelmente, sentimentos como incerteza, insegurança e medo se fizeram presentes por aí. Saiba que você não está sozinho nessa, pois diante de um novo desafio é natural que sintamos tudo isso, não importando a idade.

Há alguns anos, o Colégio São Luís, instituição privada com anos de tradição no ensino em São Paulo, concede bolsas integrais a estudantes da rede pública de ensino. O processo seletivo para as 120 vagas no Ensino Médio (noturno) ofertadas para 2022 teve início em agosto e segue em andamento. Para participar é preciso acessar o edital, verificar os critérios, se inscrever e acompanhar o cronograma. 

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Imagem: Rawpixel

Convidamos para uma conversa, o estudante Matheus dos Santos Lima, ex-aluno de uma escola da DRE Ipiranga, para contar como está sendo o seu percurso no Colégio São Luís (unidade Vila Mariana), após passar pela seleção em 2019 e se tornar bolsista em 2020. 

Matheus

Matheus dos Santos Lima

 

  1. Antes de ser bolsista no Colégio São Luís, você sempre estudou em escola pública? 

“Sim, a escola pública foi a minha grande casa pela maior parte do tempo em que estudo. Desde o pré, até o nono ano, sempre estudei em escola pública. Do primeiro ao quarto ano do Fund 1, estudei em escola estadual e do quarto ano ao nono frequentei a escola da prefeitura.”

 

2) Como ficou sabendo do Processo Seletivo do Colégio São Luís?

“Fiquei sabendo das bolsas do CSL em 2018, quando ainda estava no oitavo ano, através de um conhecido que estudava lá. No ano seguinte, me juntei com um grupo de amigos da escola para procurarmos escolas que ofereciam bolsas de estudos para o ensino médio, me inscrevi em diversos processos seletivos mas com o foco de passar no São Luís.”

 

3)  Quais foram as pessoas que te incentivaram a participar do processo seletivo?

“Muitas pessoas me incentivaram, tive um grande apoio da minha família, dos meus amigos e principalmente dos professores da escola que eu estudava, eles foram essenciais nessa trajetória, pois muitas vezes eu desanimava de continuar me esforçando e estudando para as provas e eles que me davam conselhos para que eu continuasse persistindo. Montamos um grupo de estudos de matemática com o professor Natanael, e também a professora Tatiana abriu um espaço em seus horários para que eu e meus colegas pudéssemos estudar e nos preparar para o período de provas.”

4) Como foi o processo seletivo? 

“O processo seletivo é muito bem organizado e centrado em seus objetivos. Composto por algumas fases eliminatórias como entrevista, prova, reuniões com a equipe do colégio, tudo ocorreu muito bem para mim. O nervosismo é o fator que mais atrapalha, porém consegui trabalhar isso dentro de mim, uma das técnicas que usei foi realizar outras provas de outros colégios para que eu pudesse me acostumar com o modelo de prova e também com o ambiente que é totalmente diferente do ambiente da escola que eu estudava até então. Com todo o preparo que tive, em relação aos estudos, a temida pelos candidatos (prova de ingresso) aconteceu de forma muito natural e consegui realizá-la tranquilamente e sem muito desespero.”

5) Como foi quando você soube do resultado?

“Nossa, me lembro do dia como se fosse ontem! Cada vez que saia a lista com os aprovados nas etapas do processo seletivo era o mesmo frio na barriga e a mesma agitação com o resultado. Quando a lista final dos aprovados saiu, eu me lembro que estava sozinho em casa e atualizava o portal a todo minuto, ver o meu nome na lista foi surreal, chorei de emoção, gritei, pulei, foi uma loucura hahahahahahahaha ali tive a certeza de que eu era capaz, pois até antes disso eu tinha um pé atrás com a minha capacidade de passar em um processo seletivo como o do São Luís. Após ver que eu tinha passado, falei com a minha mãe, com meus professores, amigos, com todos aqueles que estiveram comigo durante esse percurso, lembro que mandava áudios imensos agradecendo todas as pessoas que me ajudaram.”

6) Como foi o processo de adaptação no novo Colégio? Você gosta de estudar lá?

“Antes de falar da adaptação eu tenho que falar sobre a recepção no colégio. Foi incrível, os professores e funcionários foram super atenciosos conosco que estávamos pisando no colégio pela primeira vez. Também era uma novidade para todos os funcionários, pois o colégio tinha acabado de trocar de sede, era o primeiro dia de aula na nova sede do colégio São Luís. Todos se adaptando nesse novo local, e encantados com a beleza do novo prédio, cada coisinha nova era motivo de ficar impressionado, conhecer o laboratório que até então eu nunca tinha pisado em um, o auditório, as salas de aula, tudo muito novo e encantador, me sentia nas séries de ensino médio dos streaming. Pena que o tempo no colégio foi curto, pois logo veio a pandemia do covid-19 e tivemos que adotar o EAD, onde o acesso à escola foi cortado e o convívio com os novos professores e colegas também. Eu amo estudar no CSL, fiz amizades incríveis e além disso, a escola não foca apenas na nossa formação acadêmica mas também nos forma como seres humanos, abordam temas sociais conosco e nos colocam para pensar nos assuntos da sociedade.”

7) Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas nesse processo?

“A maior dificuldade foi me adaptar ao novo horário, e ao novo trajeto até a escola, pegar metrô diariamente virou parte da minha rotina antes que o isolamento social chegasse. Com o EAD esses problemas acabaram, mas outros chegaram. A conexão ruim para entrar nas aulas online, dividir o computador com a minha irmã para assistir as aulas e fazer os trabalhos, conseguir estudar e prestar atenção nas aulas sem me distrair com o barulho dos vizinhos ou com o celular, enfim, inúmeras dificuldades para me adaptar ao novo colégio e principalmente ao novo sistema (EAD).”

8) Como é a sua rotina hoje? 

“Hoje eu estudo no colégio das 17h às 22h, e procuro fazer os trabalhos e lições de casa aos finais de semana, ou no sábado ou no domingo. Costumo revisar os conteúdos estudados na parte da tarde, antes de ir ao colégio para que quando eu chegue tudo esteja fresco na minha cabeça. Como ir bem nas matérias é algo essencial, estou me dedicando apenas ao colégio no momento, cheguei a trabalhar e estudar por 11 meses, mas acabei escolhendo me dedicar aos estudos pois é o essencial no momento.”

9) O que você espera do futuro? Já pensa na universidade? 

“Pretendo cursar Eventos na Fatec em 2023, andei pesquisando bastante sobre a área e gostei muito, amo estar por dentro de bastidores,  planejar as coisas e chegar até um resultado final. Essa minha escolha tem muita influência do grêmio estudantil do qual fui presidente no ano de 2019 na Emef Des Francisco Meirelles.”

 

Ouça a mensagem que o Matheus deixou para nós. É só clicar no vídeo.

 

Ipirangavanessa

Vanessa Aguilera, psicopedagoga institucional do NAAPA DRE IP

Ipirangarenata

Renata Del Tedesco Curral, psicóloga escolar do NAAPA DRE IP

 

 

 

 

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