PARA QUEM CUIDA
Grupo focal em contextos educacionais: um espaço de escuta e reflexão
Por Denis Ferreira dos Santos
Atendendo a demanda da Equipe Gestora da EMEF Tereza Setuko Koshimae Hatori, os profissionais do NAAPA, no segundo semestre de 2021, realizaram o Grupo Focal “O senso prático de ser e estar na profissão”, um espaço de acolhimento, escuta e reflexão com o objetivo de transformar as práticas pedagógicas e educativas.
Nessa perspectiva, o grupo debateu questões relativas ao seu processo de escolarização e sua formação profissional; a relação entre afetividade, vínculo e aprendizagem; acolhimento e escuta com atitude intencional e permanente por parte dos educadores e educadoras; e contextos educativos significativos.
“No primeiro encontro do Grupo Focal estávamos um pouco apreensivos: como seriam esses encontros? Precisaríamos falar algo? Essas reuniões seriam cansativas? Todas essas questões se dissiparam logo após alguns minutos de conversa, nos quais as falas fluíram e percebemos que seriam encontros valiosos e agradáveis. E essas percepções se confirmaram nessa e nas reuniões seguintes. Por meio de conversas, nas quais nossas memórias eram resgatadas, muitos ‘silêncios’ aconteciam, mas não eram vazios: estavam repletos de reflexões, pois era possível que cada indivíduo encontrasse consigo mesmo. A parceria do NAAPA com a escola foi além de tratar de ‘acolhimento’: cheio de reflexões, memórias e discussões, enriqueceram-nos como profissionais da educação.”
Josiane de Moraes é professora Orientadora da Sala de Leitura na rede municipal de ensino de São Paulo.
“Um dos espaços disponibilizados pela RME para refletir sobre as práticas e experiências é o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), um lugar cujas críticas e o pensamento livre toma forma de ato com foco na melhora das práticas e aprendizagens que envolvam educandos e educadores, mas que aborda e enxerga a escola como um conjunto vivo e articulado, propondo sempre estratégias inovadoras, contextualizadas e críticas a todo conjunto de elementos que dá vida à trama escolar, que acaba ganhando um lugar de fala no qual muitas vezes só houvera o silêncio; ou seja, vivenciamos as quimeras que teorizamos, centrando-nos numa existência coletiva da escola. Em outras palavras, no encontro com o NAAPA a escola possui vida, respira, suspira, pensa, sorri, chora… a escola toma vida e a vida toma escola sinestesicamente transformando lágrimas em poesia!! Na mistura do saber e na paixão de ensinar, as paredes não são mais limitadoras da alma: tornam-se uma tela em branco para criar novos horizontes e esperançar um novo amanhã.”
Guilherme de Lima Amorim é professor do Ensino Fundamental II – Língua Portuguesa na rede municipal de ensino de São Paulo
Imagem da capa: Pixabay
Denis Ferreira dos Santos é diretor de escola na Rede Municipal de Ensino de São Paulo e atua como Psicólogo no NAAPA da DRE de São Miguel