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Tecelagam Indígena

Publicado em: 08/11/2021 às 12h14
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Por Josilane Lima da Silva

O CIEJA Professora Marlúcia Gonçalves de Abreu desenvolveu uma atividade muito interessante com os estudantes dos Módulos I e II. Conduzido pela professora de artes visuais, Luciana Costa, o trabalho começou no ano de 2019 e foi finalizado com a exposição das produções em 2021.

O projeto planejado para os estudantes do Ensino Fundamental 1 e 2 teve como inspiração a trama da cestaria indígena e seus grafismos. molduras com gravetos, o dia do índio e a Lei de n°10639-03.

Tudo começou com uma pesquisa sobre os grafismos indígenas, alguns significados para a cultura e exercícios. (a exposição que se realizaria em 2020 foi adiada para 2021 por razões da pandemia do covid-19)

Essa atividade buscou desenvolver o conhecimento e aproximação da cultura indígena, realizar exercícios de coordenação motora, interação com o grupo, manuseio da régua com a utilização de medidas, reutilização de matérias recicláveis e materiais orgânicos soltos na natureza.

 

 

 

Os símbolos

 

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Alguns dos símbolos mais usados nos grafismos indígenas (Fonte: 3dmalz – pinterest)

O início

A ideia surgiu em 2019 pensando em como trabalhar um tema tão importante na escola. Fazer com que tivesse sentido o antes, durante e depois. Alguns exercícios oferecidos aos alunos foram retirados do Pinterest.

Contei também com a colaboração das professoras companheiras da sala de informática: Josilane e Mônica, que acabavam cedendo suas aulas e até mesmo ficando nelas para auxiliarem os estudantes.

O início da pesquisa fez com que eu procurasse alguns vídeos no youtube para realizar alguma atividade prática, e encontrei nos vídeos da professora aposentada, Solange, uma luz. A trajetória do trabalho fica um pouco mais longa, quando o início do processo passeia inicialmente pelos grafismos indígenas, estudando e exercitando os traços, porém vale muito a pena. Conversamos em sala de aula sobre cada um deles e os alunos, durante algumas aulas, realizaram os exercícios.

Esses mesmos exercícios aparecerem em duas etapas do trabalho. Nas tiras laterais da nossa tecelagem e na parte principal.

 

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Depois que os estudantes exercitaram, bastante, vários tipos de grafismos, passamos para medidas, onde cortaram várias tiras de revistas usadas, utilizando régua e lápis e medindo cada tira com 2cm de largura por 20 cm de comprimento.

Em outra aula, cada um dos alunos recebeu uma página de revista, que foi dobrada ao meio, e os estudantes desenharam à lápis ondas que eram distribuídas organizadamente uma abaixo da outra.

Do outro lado da revista, escolheram e pintaram com  cores de tintas guache fortes que mais lhe agradassem com o auxílio de pincéis,  lembrando algum dos grafismos indígenas começaram a reprodução.

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Depois das peças secas, e com uma tesoura a parte riscada em ondas, e atrás da revista foram cortadas com elas dobradas novamente sem chegar ao fim, ficando com vários cortes vazados.

Cada um dos alunos tinha em mãos aproximadamente umas 20 tiras para começarem a tecer.

Esse processo tornava semelhante a uma tecelagem de cestaria, o mesmo processo utilizado por nossos povos ameríndios para realização de vários artesanatos.

Essa etapa consistia em passar a tira uma vez por dentro e outra por fora do corte vazado até o fim da peça. A próxima tira era passada na ordem oposta para se tornar ritmada e de fato com aspecto de tecelagem.

Após essa etapa ser completada, passamos então para a parte do acabamento quase final, onde os alunos cortaram tiras de aproximadamente 03 cm de largura por 20 cm de comprimento e escolheram dentre os grafismos indígenas o que mais lhes agradava. Terminando essa etapa foram coladas nas laterais das peças.

Por fim, durante alguns meses combinamos com o grupo que poderíamos encontrar gravetos caídos em calçadas, parques, etc e que guardaríamos para utilizá- los finalizando nosso trabalho, e assim o fizemos.

Referências:

https://blog.modacad.com.br/grafismo-identidade-cultural-indigenas

professora Solange (página you tube)

 

Blog.modacad.com.br

(A linguagem do grafismo e a identidade cultural indígena (Lívia Monteiro – 21 ago 2019);

Grafismo indígena: Asurini do Xingu (Ricardo Artur Pereira Carvalho)

 

Josilane

Josilane Lima da Silva é psicóloga do NAAPA da DRE São Mateus

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