SE LIGA!
Por Carla Alessandra Sartorelli Guimarães
Vamos conhecer a história do cortejo poético realizado, anualmente, pela EMEF Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, da DRE de Campo Limpo?
Essa manifestação poética que acontece no nosso território vem possibilitando novos saberes e articulações com nossas crianças e jovens sobre a cultura popular brasileira. Cultura esta que perpassa por gerações que aqui fincaram suas raízes culturais, por meio de expressões que foram trazidas de terras distantes, por pais, avós e familiares que migraram dos Estados da região do norte e nordeste do país para cidade de São Paulo. E todo esse multiculturalismo é contemplado no nosso cortejo poético, possibilitando a produção de múltiplos significados que comungam com a diversidade, formando cidadãos sabedores da cultura e da arte, elementos que potencializam o crescimento pessoal e social.
A culminância do projeto acontece com a concentração no pátio da escola, e após certificarem-se de que todos estão preparados inicia-se o Cortejo Poético pelas ruas do entorno. À frente, segue o Estandarte da escola e o Boi Marruá com sua turma cantando alegremente uma música animada do Boi até chegar ao destino do evento. Em seguida, há a exibição de faixas e cartazes confeccionadas pelos estudantes, de acordo com o tema do Projeto Político Pedagógico do ano em ação.
Um locutor eleito na escola vai animando os participantes e chamando as pessoas que ficam observando das janelas a participar; outro grupo de professores e estudantes vão colando nos postes, ao longo do caminho, lambes de frases e pequenos poemas produzidos por eles. Chegando à praça, ainda sem nome, próximo da Rua Andrea Pisano, são apresentados: recital de poemas pelos alunos da EJA, do Ensino Fundamental e parceiros, danças, cantoria de paródias produzidas pelos estudantes, batalha de rimas, apresentação de esquetes e música de percussão pelos parceiros, cirandas e apresentação de reinvindicações da comunidade. E claro, o auge é apresentação do Teatro do Boi, o protagonista da festa, personagem folclórico presente no imaginário coletivo dos nordestinos que vieram para o Campo Limpo na década de 70.
E você? Gostaria de contar alguma experiência legal da sua escola? Se quiser, basta ir lá na seção O que rola na quebrada e nos enviar. Vamos gostar muito de saber de histórias que você viveu ou ainda vive na escola. Conta pra gente.
Carla Alessandra Sartorelli Guimarães é professora da Rede Municipal de Ensino e trabalha, atualmente, como psicóloga no NAAPA, da DRE de Campo Limpo.