PARA QUEM CUIDA
Por Juliana Carvalhar e Rejani Perasolo – Equipe NAAPA – DRE Itaquera
Fomos assolados pela Pandemia do Coronavírus e, ainda, estamos nos fortalecendo dos impactos emocionais, físicos, financeiros e profissionais que nos afetam.
Em um momento de escuta da Equipe Gestora da EMEF GOVERNADOR MÁRIO COVAS, a Equipe NAAPA DRE Itaquera se sensibilizou com as profissionais que trouxeram as dificuldades do cotidiano, principalmente dos impactos emocionais que a pandemia causou na equipe docente e, consequentemente, influenciou no acolhimento dos estudantes da unidade educacional.
Diante dos fatos apresentados, refletimos que era necessário pensarmos em ações para o fortalecimento do coletivo diante dos desafios existentes. No entanto, sem deixar de olhar para aqueles que precisam de um cuidado especial de escuta.
Cuidar significa mediar, ponderar, prestar atenção! E, pensando nisso, nossa equipe percebeu uma necessidade de uma ação mais pontual.
Ao pensarmos na palavra AÇÃO, percebemos a necessidade do impulsionamento para a atitude, movimento, e que de certa forma se fortalece pela necessidade de algo. E dentro da educação isso não é diferente!
Não só neste momento vivido, mas em qualquer momento é importante manter uma rede de apoio. E pensando nisso, na importância de se resgatar e fortalecer vínculos tão necessários nos tempos atuais, a equipe gestora da unidade solicitou um apoio para uma ação.
Nossa equipe realizou a ação no mês de setembro em parceria com a psicóloga Tatiane Rodrigues que afirma e reflete a importância de “falar sobre saúde mental e emocional está diretamente ligada a qualidade de vida e bem-estar”. Muitos consideram como tabu ou por outras razões ficam resistentes a esse cuidado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) defende que a saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo consegue se recuperar do estresse vivenciado no cotidiano.
Nossa equipe acredita que levar a temática para os professores é fundamental para apoiar a aprendizagem dos estudantes.
Cuidar de quem cuida significa pensar nesse professor que está inserido em um contexto institucional que precisa muitas vezes ser mediado.
A educação é processo dialético, e muitas vezes a escuta e acolhimento precisa ser realizada para que todos os funcionários consigam trazer para o diálogo seus sentimentos e afetos.
E, como cita Guimarães Rosa, “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”, acreditamos ser muito necessário olhar para as emoções de todos dentro da escola e proporcionar momentos como esses.
“Poder esclarecer pontos que, ainda nos dias de hoje, não são tratados com a devida importância, entendendo que exista uma necessidade de falar sobre o assunto. Sou grata pela oportunidade de poder trazer essa contribuição a equipe pedagógica”.
Tatiane Rodrigues é psicóloga .
Juliana Carvalhar é professora da Rede Municipal de Ensino. Atualmente trabalha como psicopedagoga no NAAPA da DRE Itaquera.